segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Olhai os Lírios do Campo

"Só foge da solidão quem tem medo dos próprios pensamentos, das próprias lembranças", página 100.

"Olha as estrelas. Enquanto elas brilharem haverá esperança na vida", página 101.

"A vida deve ter um sentido. Agora ele começa a adivinha nela contornos mais lógicos, o princípio dum desenho nítido. Ser bom e ser forte na bondade, fugir à violência e à ambição desmedida, ter olhos para a profunda beleza das coisas, ser às vezes como uma criança que está a todo instante redescobrindo o mundo. A vida começa todos os dias", página 151.

"E quando o amor ao dinheiro, ao sucesso nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu", página 153.

"Mas, o que procuro, o que desejo, é segurar a vida pelos ombros e estreitá-la contra o peito, beijá-la, na face. Vida, entretanto, não é o ambiente em que te achas. As maneiras estudadas, frases convencionais, excesso de conforto, os perfumes caros e a preocupação de dinheiro são apenas uma péssima contrafação da vida. Buscar a poesia da vida fora vida será coisa que tenha nexo?".

"A bondade não deve ser uma virtude passiva".

"Descobri que a paz interior só se conquista com o sacrifício da paz exterior.Era preciso fazer alguma coisa pelos outros" , página 171.

"Viver como certos homens vivem é simplesmente inumano. Procurar a riqueza por amor é fugir da vida", página 183.

"Como era fácil ser mau e como era ainda mil vezes mais fácil ser indiferente!", página 196.

"Tu uma vez comparaste a vida a um transatlântico e te perguntaste a ti mesmo: Estarei fazendo uma viagem agradável?. Mas eu te asseguro que o mais decente seria perguntar: Estarei sendo um bom companheiro de viagem?"

"Se os homens cultivassem a gentileza seria possível atenuar um pouco tudo quanto a vida tinha de áspero e brutal", página 204.

"Converso com os meus amigos sobre as coisas da vida. Eles pensam de um jeito e eu de outro. Eles acham que o mundo é dos espertos e dos velhacos. Eu acho que um sujeito precisa antes de tudo ser decente", página 224.

"Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está se passando inutilmente. São estes intervalos entre um trabalho cansativo e outro trabalho cansativo, estes momentos em que a gente pode conversar com um amigo, brincar com os filhos, ler um bom livro... O erro é pensar que o conforto permanente, o bem-estar que nunca acaba e o gozo de todas as horas são a verdadeira felicidade. Como agora eu vejo claro! É preciso o contraste", página 258.

Autor: Érico Veríssimo.


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