“Não são os vossos pecados, é a vossa parcimônia que
clama ao céu. A vossa mesquinhez até no pecado, isso é que clama ao céu”.
“O homem é corda estendida entre o animal e o
Super-Homem: uma corda sobre um abismo; perigosa travessia, perigoso caminhar,
perigoso olhar pra trás, perigoso tremer e parar. (...) Eu só amo aqueles que
sabem viver como que se extinguindo, porque são esses os que atravessam de um
lado para o outro”.
“Amo o que vive para conhecer”.
“É preciso ter um caos dentro de si para dar à luz a uma
estrela cintilante”.
“Há um senhor mais poderoso, um guia desconhecido. Chama-se
‘eu sou’. Habita no seu corpo; é o teu corpo”.
“Valorosos, despreocupados, zombeteiros, violentos,
eis como nos quer a sabedoria”.
“Há sempre um quê de loucura no amor, mas também há sempre
o se quê de razão na loucura”.
“Eu só poderia crer num Deus que soubesse dançar”.
“Não e com cólera, mas com riso que se mata”.
“Eu transformo-me depressa demais: o meu ontem
contradiz o meu hoje”.
“Os teus cães selvagens querem ser livres; ladram de
alegria no seu covil quando o teu espírito tende a abrir todas as prisões”.
“Não expulses para longe de ti o herói que há na tua
alma! Santificai a tua mais elevada esperança”.
“Para o verdadeiro homem de guerra soa mais agradável ‘tu
deves’ do que eu ‘quero’. E vós deveis procurar ordenar tudo o que quiserdes”.
“Eu e Mim estão sempre em conversações incessantes. Como
se poderia suportar isto se não houvesse um amigo? Para o solitário o amigo é
sempre o terceiro; o terceiro é a válvula que impede a conversação dos outros
dois de se abismarem nas profundidades”.
“A nossa fé nos outros revela aquilo que desejaríamos
crer em nós mesmos”.
“E frequentemente atacamos e criamos inimigos para
ocultar que nós mesmo somos atacáveis”.
“Ninguém é tão odiado quanto o que voa”.
Livro: Assim Falava Zaratustra
Autor: Friedrich Nietzsche
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